Catarse métrica (uma poesia in-significante)
Nenhum anjo me guarda
me governa
me zela
Nenhum anjo me anuncia, Gabrielamente.
Minha cruz está só com seu coração vadio e suas chagas tortas.
E dragões incendeiam o poema, brincando de piromania na porta da linguagem, confusa.
Do outro lado, não sei se do poema ou da vida, Cérbero ri seu riso de cão
Que se repete
Que se repele
Que se repete e se repele
inquieto aqui dentro.
Dentro de mim há um anjo sem asas que arranha o céu, Fora. Fora de mim
um anjo alquimista assanha a terra com suas palavras quebradas, Dentro.
Dentro e Fora do verso,
Fora e Dentro do verbo,
Resta o Dado e o Acaso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário