sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Entrega da Medalha Alferes Julião Fernandes Leão

Nesta sexta-feira, 30 de setembro, o vice-governador do Estado de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho; o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, Dinis Pinheiro; o secretário de governo, Danilo de Castro; e outras dezesseis personalidades receberam a medalha Alferes Julião Fernandes Leão, na cidade de Jequitinhonha, em comemoração aos duzentos anos do município. Infelizmente, a lista de agraciados acabou contando com homenageados que não mereciam receber sequer uma medalha de latão, enquanto que outras pessoas, que, realmente, contribuíram para o desenvolvimento do município, foram esquecidas. Outro fato lamentável foi o ex-prefeito, Antônio Bernadino Guimarães Murta, ser agraciado com a medalha e não ter comparecido à solenidade para buscá-la. Isso, além de ser um desrespeito com o município, é lamentável e inaceitável para quem pretende, novamente, ocupar o cargo de chefe do executivo municipal. No entanto, serve para que o jequitinhonhense pense nos futuros sucessores do prefeito Roberto Botelho e, sobretudo, para que a comissão que indica os homenageados seja mais eficiente e competente da próxima vez!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A minha homenagem aos Duzentos Anos de Jequitinhonha


Ser Jequitinhonhense

Provavelmente, muitos de vocês, já se perguntaram: o que é ser Jequitinhonhense? E o que é o ser Jequitinhonhense? Não, não, não sei. Não sei e sei. E sabendo, digo, desconfiado, nunca soube, quase uma dessabença, que, no final, sempre soube certamente. E a primeira coisa que se mistura, nesta não sabença, é que Jequitinhonhense não se define, porque o Jequitinhonhense, soube, sabe e saberá, desde criança, escapar, fugidiamente, das exatidões grosseiras desta vida para tomar banho no rio. Para olhá-lo sem rima e sem pressa. Para atravessá-lo e desatravessá-lo nele mesmo. Para deitar em seu leito e desaguar as dores. E é isso, talvez,dor em Jequitinhonha é ardor. Um ardozinho cachaço-agudo e sorridente que bate lento, jequitinhonhando. Porque Jequitinhonhense olha profundo e fica. Fica o olhar e fica a pessoa. Jequitinhonhense é um ficar. Nas coisas, no tempo, no barro, no vento. Ser Jequitinhonhense, então, não é um geometricamente falando, mas um falando por falar, no seu quase dialeto irregular, meio botocudo, meio africano, meio luso e arrastadamente baiano. Um idioleto de espírito. Jequitinhonhense é Mata Escura, é Quilombo da Mumbuca, é Gruta da Estiva, é o Tamburi de São Pedro, é a tecelagem do Guarani, é o Bom Jardim, é o Craúno, é a usina de Constantino, é a praia, hoje, submersa, é a Mulinha, é o Labirinto, é o córrego São Miguel, é a Pedra do Sapo, é a Ilha do Pão, é os Traileres, é a arvore, é a memória do Tamarindeiro, é a praça da Matriz, é a lua refletindo o seu rútlio suspiro na noturna água do rio, é As Quatros Patacas, é o Beco do Funil, é a praça da Matriz de São Miguel, é o Lajedão, é a travessia de Balsa e de Canoa. Jequitinhonhense que é Jequitinhonhense mora na metáfora e multiplica o polissíndeto. Jequitinhonhense é um eu e você,que, sendo nós, nunca se divide. Porque Jequitinhonhense está junto, no sempre-junto, no sempre-sempre, e mesmo quando está distante, o jequitinhonhense está aqui, fazendo-nos companhia para não nos sentirmos a sós pelas ruas da cidade. O Jequitinhonhense nunca vai em definitivo, porque indo, ele deixa um pouco de si aqui, um si que se espalha pelos cantos e vira poeira. Poeira jequitinhonhense, misturada ao nosso jequitinhonhismo e a nossa jequitinhonheridade. Ser Jequitinhonhense, portanto, não é um mero gentílico. É um estado permanente de pertencimento que, loucamente, ama. É um amor lembrado que mesmo quando não se quer, que mesmo sem querê-lo, que mesmo sem querência, ele nos invade e pulsa forte. E toma conta. E se alimenta. E se indefine. E Jequitinhonha no ser, no ser tão Jequitinhonhense que jequitinhonhanhinhará,eternamente, dentro e fora de nós.

Duzentos Anos de Jequitinhonha: Poema em homenagem à cidade







Este poema, do poeta José Machado de Mattos, pertence ao livro Jequitinhonha Antologia Poética II, que, na década de oitenta, em conjunto com o livro Jequitinhonha Antologia Poética, caracterizaram-se por inaugurar, dentro da poesia mineira, uma "poética de conhecimento da terra", em que os poetas buscavam descrever, conhecer e dissecar o espaço valejequitinhonhense através da anatomia da linguagem. Hoje, a cidade de Jequitnhonha comemora duzentos anos e creio que este poema representa o que todo jequitnhonhense, no dia de hoje, gostaria de dizer para esta cidade inefável.

Cantiga do Jequitinhonhense

Teus cantos Gerais,
são Minas também.
Teus gritos,
teus ais,
tua calma noturna,
me trazem a ideia do abandono.
Mas tens um rio que mata minha sede
e que me deixa pensativo:
deixar-te pra quê?
Tuas manhãs são ainda
as calmas manhãs do meu passado:
do leite nos currais
e dos pássaros cantando.
Teu sol e solo férteis,
de tanto soluço
me deixam em desespero,
querendo fazer-te um presente.
Então, eu me ofereço a ti:
o meu corpo e a minha alma.
Te estendo os meus braços nus
na areia do teu rio branco de água doce,
doce menino
correndo eternamente para o eterno.
Eis-me cidade,
de peixe-vivo-sonhador,
sonhando e nadando,
nadando e sonhando
em leitos de esteiras, choupanas e mansões,
no berço de São Miguel.
Miguelinho milagroso,
Neste tempo de seca e de espera,
Te espero neste espaço infinito
de céu claro, ar puro e pardalação.
Teus passos são lentos
e me fazem lembrar os passos de uma criança,
que, apesar de se tornar velha,
nunca se envelhece.
Diante dos teus olhos
sinto-me um bêbado apaixonado.
Te vejo mulher, com lábios ainda de mel,
da abelha-doce-jataí,
jorrando farta e forte.
Te furto cidade
Para o reino do meu coração,
Sofrendo este calor
Que o calor da tua gente refresca.
Chamo o teu nome
como um filho chama eternamente
por sua mãe.
Porque em ti nasci,
Em ti cresci.
Jequitinhonha,
jequi das onhas,
onhas do amor.
                                          

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Exposição na Casa de Cultura de Jequitinhonha

A Casa de Cultura de Jequitinhonha recebeu, na noite desta terça-feira, dia 27 de setembro, a exposição "Cores e Movimento", da artista plástica e pintora Marina Jardim, da cidade de Rubim. A exposição ficará até o dia 28 de outubro na Casa de Cultura e possui quadros que trazem a cultura popular do Vale e também imagens da infância da artista. Além dos quadros de Marina, há também uma exposição, no sub-solo, de fotos antigas da cidade de Jequitinhonha. Vale a pena conferir!

Jequitinhonha: outros olhares

Durante a confraternização da exposição "Cor e Movimento", da artista plástica e pintora Marina Jardim, na Casa de Cultura de Jequitinhonha, uma cena inusitada chamou a atenção dos presentes. Uma garotinha tentava ensinar um rapazinho a dançar, o que divertiu a todos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Exposição sobre o Vale do Jequitinhonha na UEMG

A Escola Guignard – UEMG convida para a abertura da exposição Jequitinhonha: espaços, lugares e memórias
e conferência com Frei Chico Cancioneiro Medieval no Vale do Jequitinhonha

Cavalgada de São Miguel

No domingo, dia 25 de setembro, foi realizada, no Parque de Exposições da cidade de Jequitinhonha, a 9ª cavalgada em homenagem à São Miguel. O evento, além de muito bem organizado, contou com os shows da Banda Tarraxinha e de Sandro Matos, e teve bebida e churrasco liberados. O lado negativo ficou por conta de uns manés, sempre eles, que brigaram no final da festa, sendo os responsáveis pelo encerramento desta às 18:14, pouco tempo depois de o prefeito Roberto Botelho ter anunciado mais cinco caixas de cerveja para o público presente.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Convite para exposição sobre os 200 anos da cidade de Jequitinhonha

 
Você está convidado para o evento de abertura da exposição "Jequitinhonha 200 anos", da artista plástica Marina Jardim. O evento acontece na Casa de Cultura de Jequitinhonha, neste terça-feira, a partir das 20h00. Prestigie o evento e estenda o convite aos seus conhecidos!

Marque em sua agenda:

Abertura da exposição Jequitinhonha 200 anos
27 de setembro de 2011 | Terça-feira
Horário: 20h00
Local: Casa de Cultura de Jequitinhonha
Rua Doutor Olinto Martins, 84 | Centro | Jequitinhonha/MG

domingo, 25 de setembro de 2011

Jequitinhonha: outros olhares

Esta foto faz parte do contexto de "Jequitinhonheneiridade", uma mistura entre jequitinhonhismo e mineiridade. Ela foi tirada nas escadarias da matriz de São Miguel, que serviam de palco para o show de Paulinho. Aqui, Paulinho, que fazia dupla com seu pai, Sinval, aparece ao fundo, interpretando sucessos de Fagner, Roberto Carlos, Paulinho Pedra Azul, entre outros. E em primeiro plano, aparece um cidadão que, sofrendo de dor amorosa e dor etílica, interpretava,veementemente, os sucessos que Paulinho cantava. As novelas mexicanas perderam um grande ator!

Jequitinhonha: outros olhares

Foto da partida entre a equipes do Argentino e do Santa Luzia, pelo campeonato jequitinhonhense de futebol. O jogo terminou com o resultado de 3 x 0 para a equipe do Argentino, que se classificou para a semifinal do campeonato, na qual enfrentará o Internacional. 

Jequitinhonha: outros olhares

Foto do jogo Alvorada e Guarani, realizado no sábado, 24 de setembro, às 17:00 h, no estádio do Mineirinho. O Alvorada venceu o Guarani por 3 x 0 e se classificou para as semifinais do campeonato jequitinhonhense, na qual enfrentará o Náutico.

Jequitinhonha: outros olhares

Sábado, dia 24 de setembro, ocorreu, no bairro Unicampo, confraternização durante todo o dia, com direito a feijoada e muita conversa. A foto é do grupo de pagode Jequitisamba, que conta com a participação de ex-integrantes do grupo de pagode do Unicampo, grande sucesso em Jequitinhonha na década de 90.

sábado, 24 de setembro de 2011

Jequitinhonha: outros olhares

Ontem, dia 23 de setembro,enquanto tomava uma, comia uns lambaris fritos e ouvia, atenciosamente, no bar Lambari, em Jequitinhonha, os ensinamentos de tio Pedro e do Sr. Valdívio Gil de Souza, filósofo e antigo funcionário do DER, que ajudou, entres outras coisas, a construir a ponte de Almenara, em 1965, e a pavimentar as estradas do Vale, uma cena inusitada me chamou a atenção. Pelo fato da usina de Irapé ter perenizado as águas do rio Jequitinhonha, as praias do município, que antes ficavam à margem direita do rio, foram deslocadas para centro deste. Assim, o bronzeado e o futebol, agora,transformaram-se em verdadeiras peripécias. Aquele, só pode acontecer mediante o transporte de canoa e, este, só acontece quando os os jogadores se aventuram em atravessar o rio a nado. Triste realidade que a CEMIG ajudou a criar!

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Texto do mês de setembro da minha coluna no jornal Informativo, de Jequitinhonha

Jequitinhonha duzentos anos: três histórias de ousadia
A cidade de Jequitinhonha que, toponimicamente, recebeu também os nomes de Sétima Divisão Militar de São Miguel, Freguesia de São Miguel da Sétima Divisão e Vila de Jequitinhonha, completa, no dia 29 de setembro de 2011, duzentos anos de fundação, apesar de historiadores, como Leopoldo Pereira, defenderem que a fundação da cidade data do ano de 1804 e não 1811. Então, para comemorarmos essa data, resolvi destacar, neste mês, a história de três personagens que contribuíram, pela ousadia demonstrada, para que o município chegasse aos duzentos anos almejando um futuro cada vez melhor. O primeiro personagem que ressalto é o Alferes Julião Fernandes Leão. Ele combateu os espanhóis na guerra da colônia de Sacramento e recebeu da coroa portuguesa a missão de instalar a Sétima Divisão Militar de São Miguel para guarnecer o rio Jequitinhonha, já que a exploração do ouro e do diamante, no Arraial do Tijuco, estava em seu apogeu. Porém, a ousadia do Alferes Julião Fernandes Leão vai muito além da fundação do município de Jequitinhonha. Esse militar colaborou para a colonização de todo o Baixo Jequitinhonha sem se submeter à cobiça mercantilista e à frenética insurreição contra-reformista que tomavam conta do período colonial brasileiro. Assim, ao invés da força, o Alferes utilizou-se da benevolência para atrair, pacificar e proteger o silvícola, que o ajudou, imensamente, a concretizar a sua ousada proposta de colonização do Baixo Jequitinhonha: a de construir sem destruir.
O segundo personagem que enfatizo é Mário Martins da Silva, que fora prefeito de Jequitinhonha entre os anos de 1923 e 1926. Durante o período em que Mário Martins foi prefeito, o Brasil sofria uma crise de identidade republicana, marcada pela instabilidade financeira, política e social, e pelas rebeliões civis e militares. E o que fez o coronel Mário Martins nessa época turbulenta? Ousou. Ele apoiou, no ano de 1925, sem receio algum, a ideia “mirabolante” de um eletricista analfabeto, o Constantino, de construir uma barragem e uma turbina no córrego Santo Antônio que gerassem força e energia elétrica à cidade de Jequitinhonha. Na época, a população taxou Constantino de louco e ridicularizou Mário Martins. Mas, quando, no ano de 1925, o orador Dr. Arnaldo Carvalho anunciou a inauguração da obra e o padre Jaime Ferreira abençoou as instalações elétricas, e Jequitinhonha passou a ser o segundo município em todo o Vale a gerar eletricidade (No Vale, a eletricidade era conhecida somente em Diamantina), privilégio de metrópole afastada, o prefeito Mário Martins acabou provando com sua ousadia, que, “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho e na ação-reflexão” (Paulo Freire). Infelizmente, a história de Sr. Constantino e a usina construída por ele (hoje, em ruínas) foram esquecidas pelo poder público, o que é uma pena, pois ambos poderiam ser melhor aproveitados para incentivar o turismo local.
O terceiro personagem que destaco é o atual prefeito, Roberto Alcântara Botelho. Após perder o distrito de São João da Vigia (Almenara), em 1938, o município de Jequitinhonha iniciou um forte período de estagnação política e econômica, tanto que fora, posteriormente, ultrapassado pelo seu antigo distrito, não em importância histórica, mas em tamanho e em relevância regional. O exemplo de ousadia dado por Alferes Julião Fernandes Leão e por Mário Martins da Silva fora esquecido a partir do governo de Joaquim Antônio Guimarães (1927-1930). O que se viu, então, foi uma sequência de más administrações e uma cidade desgovernada politicamente, que parecia viver sob eterno coronelato e republicanismo arcaico. Assim, a República Velha, só fora enterrada politicamente na cidade de Jequitinhonha no século XXI, precisamente, em 2005, ano em que o prefeito Roberto Botelho assumiu o governo municipal. Em entrevista a edição especial do jornal Geraes, Inô, de Minas Novas, diz que “Nós já enterramos todos os coronéis do Vale”. Em Jequitinhonha, não foi preciso enterrar os coronéis, pois todos sofreram da eutanásia da quebradeira. Foi preciso enterrar, metaforicamente, o sistema político atrasado que eles instauraram aqui e que parecia não ter fim. Teve. E teve graças à ousadia e ao novo jeito de administrar implantado por Roberto Botelho. Ele conseguiu enterrar o coronelismo político e inaugurar um modelo de administração ousado, moderno e arrojado, muito semelhante aos implementados por Alferes Julião Fernandes Leão e por Mário Martins. Hoje, existe uma cidade projetada para o futuro e projetos e programas maravilhosos que devem ser mantidos e aperfeiçoados, como o Centro Viva Vida, na área da saúde; como o CREAS (Centro de Referência Especializado da Assistência Social), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e CAPS (Centro de Atenção Pisicossocial), na área da assistência social; e a implantação do acervo municipal, na área da cultura. No entanto, preocupo-me com a troca da secretária de Assistência Social, uma vez que a nova secretária é inexperiente e há dúvidas se ela terá competência para manter a boa gestão da Assistência Social municipal. E preocupo-me, redundantemente, ainda, com a área da educação. As instituições, e encaro a educação como uma instituição, não podem ter a esperança de seguir o conselho do Príncipe de “O Leopardo”, de Lampedusa, que aconselha aos seus pares: “mudem tudo, mas apenas o suficiente para manter tudo exatamente como está”.
A educação em Jequitinhonha parece que seguiu os conselhos do Príncipe, mantendo tudo como está ou estava antes. Construir escolas ou reformá-las é tímido demais. E oferecer transporte aos estudantes, é obrigação. Portanto, o que falta ao município é um projeto para a educação. E isso tem a ver com a valorização dos profissionais nela envolvidos, plano de carreira, qualidade de ensino, pesquisas e, sobretudo, a busca incessante por cursos técnicos e superiores de qualidade. Jequitinhonha já sai perdendo em qualquer disputa pelo fato de Almenara ser a cidade polo da região. Mas, um projeto bem elaborado pode suprir quaisquer carências. Não podemos esquecer que nosso município é o mais centralizado da região e da relevância histórica que ele possui. A Unimontes e a UFJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri) estão de portas abertas a projetos, o que falta é ousar. Paulo Freire afirma que “a educação sozinha não transforma uma sociedade, mas sem ela tampouco a sociedade muda”. O prefeito Roberto Botelho conseguiu o que era até pouco tempo inacreditável: transformar a cidade de Jequitinhonha. Agora, é hora de mudar a sociedade jequitinhonhense. O site soujequi.com traz, na sua página inicial, uma interessante pergunta: “o que de Jequitinhonha você gostaria de guardar para os próximos duzentos anos? Certamente, eu gostaria de guardar a ousadia de homens como Julião Fernandes Leão, Mário Martins e Roberto Botelho. E, como, infelizmente, os princípios democráticos não permitem a Roberto Botelho um novo mandato para que ele possa começar essa transformação da sociedade jequitinhonhense pela educação a partir do próximo mandato, queria desejar também, que o próximo prefeito, seja ele quem for, tenha um carinho especial com a educação do município e que tenha uma secretaria de educação que ouse. Que ouse sem pestanejar. Só assim nossa cidade estará preparada para mais duzentos anos de história. E só assim  continuará sendo a cidade onde o poder do lugar é mais forte do que qualquer pensamento.