domingo, 12 de fevereiro de 2012

O município de Jequitinhonha poderia aproveitar a oportunidade e participar do ICMS Esportivo

Cidades participantes do ICMS Esportivo têm até dia 31 de março para encaminhar documentação

Aconselha-se adiantar ao máximo o envio das informações, uma vez que os levantamentos demandam tempo
Os municípios que participam do processo para receber os ICMS Esportivo em 2013 e que já possuem representantes nomeados podem enviar, até o dia 31 de março deste ano, informações sobre o Conselho Municipal de Esportes; Inventário Esportivo Municipal e as atividades esportivas realizadas no município.
Em relação ao conselho, deve- se comprovar a atividade do órgão em 2011, através dos documentos da lei ou decreto de criação do órgão; regimento interno; portaria ou decreto de nomeação dos membros; termo ou ata de posse dos membros e atas de reuniões ordinárias e extraordinárias de 2011. Cada um dos conselheiros municipais deve ser cadastrado junto ao Conselho Estadual do Desporto, por meio do Sistema de Informação do ICMS Esportivo.
As informações sobre o Inventário Esportivo Municipal devem conter dados sobre as instituições, dirigentes, estruturas, orçamento e hotéis. No caso das atividades esportivas, os municípios devem encaminhar relatório sobre os campeonatos realizados, as atividades desenvolvidas, como  escolinhas de esporte, programas sócio-educativos, entre outros. Tais iniciativas podem ser promovidas tanto por iniciativa do poder público, quanto por organizações particulares, cabendo ao município ser capaz de comprovar, por meio de documentação específica, a efetiva realização dos eventos.
“Orientamos todas as cidades participantes a adiantarem ao máximo o envio das informações, uma vez que são levantamentos que demandam tempo”, aconselhou o superintendente de Políticas Esportivas, Alexandre Miguel de Andrade Souza.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Reitor Pedro Ângelo protela decisão sobre cidades que serão sede do campus da UFVJM e desrespeita o Vale do Jequitinhonha

UFVJM: Reitor não quer campus no Vale
Manifestantes protestam cantando o Hino Nacional
e pedindo o fim da ditadura na Universidade
Mais um dia histórico na luta pela instalação de campus da UFVJM em 3 cidades do Vale do Jequitinhonha, no nordeste de Minas. A reunião do CONSU – Conselho Universitário da UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri foi suspensa por autoritarismo do Reitor Pedro Ângelo. Ele simplesmente não aceitou que o assunto fosse discutido na pauta de reunião do CONSU, nesta sexta-feira, 10.02, em Diamantina, mesmo com a insistência de conselheiros que propuseram que a inclusão do tema na pauta fosse aprovado ou não pelo plenário. Ele disse que quem fazia pauta era ele e pronto. Houve uma negativa , em atitude arbitrária, como todas as ações que o Reitor vem tomando em relação ao Vale.
Quando chegou ao ponto de discussão sobre a expansão da UFVJM para dento do Vale, o Reitor debochou disse que “iria ler uma carta do Movimento A UFVJM é nossa! como uma deferência, porque se fosse ler toda correspondência que chegava lá não tinha reunião que terminava”. E leu a carta do Movimento ao CONSU, solicitando que naquela reunião fossem definidas as cidades que seriam sedes de campus, baseado em critérios técnicos e geopolíticos, não adiando mais tal decisão, para evitar o açodamento e a rixa entre cidades. Mesmo assim, ele reafirmou que não iria colocar o ponto  em discussão, jogando a responsabilidade na Comissão formada que não indicou diretamente as cidades estudadas.



O conselheiro Flávio Vidigal disse ao Reitor que quem saiu do Baixo Jequitinhonha, a 500 quilômetros de Diamantina, para participar de uma reunião que define o futuro da região, tem o direito de debater um assunto de interesse de todos. O reitor respondeu-lhe que não tinha discussão. Flávio disse que aquela atitude era arbitrária. O Reitor disse para o seu secretário, subserviente, “registra aí na Ata, ele disse arbitrário”, com um tom ameaçador.



O conselheiro Bruno Gonçalves, técnico administrativo, e membro da Comissão, disse que o relatório foi realizado, tendo ouvido 7 cidades que pleiteavam ser sede de campus. Durante dois meses, foram feito estudos e reuniões com grupos técnicos das cidades e que os dados de cada uma estavam no Relatório. De forma irredutível, o Reitor não mudou de posição, negando a discussão de campus no Vale.  
Manifestantes de várias cidades do Vale, como Almenara, Araçuaí, Berilo, Capelinha, Diamantina, Itamarandiba, Itaobim, Itinga, Minas Novas e Virgem da Lapa protestaram contra o autoristarismo da reitoria. Ele negou taxativamente a inclusão do debate sobre expansão da UFVJM e aprovação de campus no Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. Foi ouvida uma vaia sonora de mais de 300 pessoas presentes no salão de reunião. Pedro Ângelo pediu para que os manifestantes se retirassem dali. Muitos gritaram: “daqui ninguém sai” e começou uma série de protestos individuais e coletivos.



Os manifestantes viraram-se de costas para o Reitor e entoaram o Hino Nacional, emocionados. Alguns conselheiros saíram de suas mesas e acompanharam os manifestantes. Logo depois, ouviam-se gritos de “ o povo unido jamais será vencido”, “o Vale unido jamais será vencido”, “Abaixo a ditadura!”e “A luta continua”.



Por mais de 2 horas, os manifestantes se mantiveram no saguão da Reitoria, dando entrevistas a jornais e à TV do Vale, de Diamantina. Os jornalistas estavam indignados, porque o Reitor havia expulsado a imprensa do Plenário do CONSU, perguntando quem os havia convidado, que “aquilo não era a casa da mãe Joana”. Um jornalista retrucou:  “esta casa é do povo, não é do Reitor também não”.



Fabiany Ferraz, prefeita de Almenara, estava revoltada, dizendo não ter vivido tanto desrespeito ao Vale com neste dia. Júlio Mares, médico psiquiatra, ex-vice prefeito de Almenara, ressaltou que o autoristarismo praticado pelo Reitor é fruto do medo que ele tem do povo do Vale, da força do Movimento A UFVJM é nossa! . Ele pensa que a UFVJM é só dele, arrematou.



O jovem Hélio Silva, de Capelinha, estudante de jornalismo, gritou para os conselheiros que a Universidade é pública, que o salário recebido por eles é pago por nós, o povo brasileiro, que eles nos respeitassem.



Os vereadores de Capelinha Cleuber Luis e Wilson Coelho protestaram por o CONSU adiar a decisão de expansão do campus como uma posição deliberada de impedir tal proposta, de não querer a expansão.



Nádia Paulino, diretora de Escola Estadual, de Araçuaí, experiente educadora, falou que não dá para acreditar que ainda existe um gestor público como o Reitor, com tamanho autoritarismo, e ainda conta com a subserviência dos conselheiros que deviam denunciá-lo ao MEC.



No saguão, estudantes de Araçuaí e Capelinha cantavam a música do Legião Urbana “Que país é este?”.   “Em Diamantina, no Senado, sujeira pra todo lado”. E gritavam o bordão: “Que país é este? Que país é este?”.


A professora Marta Sampaio, de Capelinha, do Movimento A UFVJM é nossa! resumiu o sentimento dos manifestantes que alia estavam: "Imaginamos que, com a pressão popular, com a pressão dos conselheiros conseguiríamos sair daqui com uma resposta. Infelizmente não! Ficamos tristes, mas tivemos uma aula de cidadania e de política. Política cidadã daqueles que estão aqui conosco. Esperamos que os alunos, os jovens, os adultos que conosco estão tenham extraído alguma coisa daquele HOJE NÃO! do senhor Rei Thor", disse firmemente e emocionada. 




Os representantes das caravanas das cidades conversaram com vários conselheiros que manifestaram o sentimento e a percepção que o Reitor não quer aprovar nada pro Vale. Quer protelar, empurrar com a barriga, adiando sempre. Até passar o momento em que a Presidenta Dilma irá anunciar a expansão das Universidades Federais, em março ou abril.



Assim, só ficaria aprovado a criação de campus em Unaí e Janaúba que não precisou de projeto, nem de nenhum relatório embasado com diagnóstico para ser aprovado pelo CONSU. O Reitor fez tudo o que era preciso, inclusive visitando pessoalmente as cidades e propondo campus com maior estrutura do que o de Teófilo Otoni que está abandonado pela administração que só pensa em investir em Diamantina.

Fica a pergunta, Porque Janaúba e Unaí merecem ter um campus da UFVJM e cidades do Vale não?
Este episódio vexatório ocorrido ontem, na reunião do Consu, em Diamantina, demonstra o despreparo dos gestores da educação brasileira. É lamentável que um Reitor tenha tamanho autoritarismo e desrespeito à população do Vale do Jequitinhonha. Trata-se, indubitavelmente, da "síndrome do poder mínimo". E, muito mais. Trata-se de despotismo barato. "Desagrada a todos a ditadura, no saber como no poder."(Marquês de Maricá).Pense nisto Vossa Magnificência.Pense que o conhecimento não é o espaço para se olhar para o próprio umbigo e tampouco para se esconder atrás de interesses próprios e escusos. Por que a permissão para extensões em Unaí e Janaúba, potências agrícolas e latifundiárias de Minas, e o preterimento do Vale do Jequitinhonha? Será que os Coronéis daqui perderam o poder de barganha? Vossa Magnificência, no Vale, os coronéis não mandam mais. O tempo do com milhões gato pingado e do milhões só têm mil réis se foi. O povo do Vale aprendeu a lutar pelo que é seu.Por isso, exigimos respeito da Vossa Magnificência. Jorge Luis Borges, por ironia do destino, um argentino, disse que "As ditaduras fomentam a opressão, as ditaduras fomentam o servilismo, as ditaduras fomentam a crueldade; mas o mais abominável é que elas fomentam a idiotia." Senhor Pedro Ângelo, o tempo da idiotia e da apatia acabou. Hoje, temos armas, como as redes sociais. E é através destas que lutaremos. "A UFVJM é Nossa!" 
 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Caroline Haurolf: realidade ou ficção?

Em 1857, Gustave Flaubert chocou a sociedade da época ao dar vida à personagem Madame Bovary. Conan Doyle, até hoje, faz muita gente visitar a Baker Street, número 221 B, por conta dos famosos Sherlock Homes e Watson. Nos últimos meses, uma personagem chamou a atenção dos jequitinhonhenses nas redes sociais, criando um mistério maior do que o de Odete Hoitman ou o de Teresa Cristina e sendo mais comentada do que a presença da banda Tarraxinha no carnaval ou do que a volta da Luiza, que estava no Canadá. O nome dela é Caroline Haurolf. Ela nasceu no dia 12 de dezembro e mora em Piracicaba, São Paulo. Adora “causar”, curte um bafão e se intitula a “Evita do sertão”. Seu gosto transita entre a contracultura, a cultura de massa, a cultura burguesa, a cultura popular e a cultura pop. É bastante excêntrica e crítica. Consegue despertar sentimentos antagônicos de amor e ódio. E atua em defesa do respeito às diferenças. Conceitualmente, digo que se situa dentro da perspectiva de mimesis aristotélica e está dividida entre o reproduzido e o inventado. É uma personagem reflexo da pessoa humana e, ao mesmo tempo, construção, cuja existência obedece às leis particulares que regem o texto. Caracteriza-se, segundo noções de György Lukácks, como uma heroína problemática em confronto com o mundo das convenções e do conformismo. Além disso, em concepções fosterianas, encaixa-se como uma personagem redonda, complexa e multidimensional. Transcrevo abaixo a entrevista que realizei, por e-mail, com esta personagem que esconde uma ou um jequitinhonhense sob sua máscara. Será que iremos desvendar o mistério? Antes, é bom pensarmos na frase seguinte de Manoel de Barros: “Noventa por cento que escrevo é invenção. Só dez por cento é mentira”.

TM=1- O francês Jean François Lyotard, no livro “O Pós Moderno”, afirma que após os anos 50, época, segundo ele, pós-industrial, há um grande impacto das transformações tecnológicas sobre o saber. Diz ainda que o cenário pós-moderno é essencialmente cibernético, informático e informacional.Levando-se em conta essas considerações  de Lyotard e considerando que o Facebook, de acordo com dados da Wikipédia, possui mais de 750 milhões de usuários ativos distribuídos por todo o mundo e, concomitantemente, mais de 900 milhões de buscas por mês, gostaria de saber se você considera que o Facebook, como rede social de massa, exerce um impacto sobre o “conhecimento” das pessoas e de que forma tal rede social pode ser usada a favor dos usuários.

CH=Não só o Facebook, mas as redes sociais, em geral, são lugares muito propícios para as conversações, tendo como consequência uma sociedade colaborativa com uma maior disseminação do conhecimento ou qualquer outro tipo de informação, seja ela válida ou não. Por exemplo, nos dias de hoje, não se é necessário comprar um jornal para que se esteja informado. Obviamente que temos a televisão e a rádio, mas, podemos ter acesso a um jornal via internet, através do site do mesmo ou das redes sociais, como o Facebook. Isso se torna interessante no momento que se permite comentar e debater com os outros tais informações, de modo que, estas se tornam mais acessíveis para um maior número de pessoas à medida que são compartilhadas. Assim sendo, numa multidão “hiperconectada”, o conhecimento livre tende a se expandir rapidamente, atingindo um maior número de pessoas. Entretanto, a prática do conhecimento livre traz a reboque uma série de novos paradigmas sobre a propriedade intelectual, liberdade de expressão e políticas de comunicação. 

 TM=2- O nome Facebook quer dizer, a grosso modo, e em inglês bastante torto, face(eu), book (livro), o que significa uma espécie de livro da vida. Por que você escolheu escrever “o livro da vida” de uma identidade forjada ao invés de escrever o “seu próprio livro da vida”?  

CH=Não optei por escrever algo que não fosse sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre o que eu penso da vida, das pessoas, do mundo que me cerca, e, principalmente, sobre minha adorada cidade. Meu perfil deixa de ser “fake” no momento que eu expresso nele as minhas própias opiniões e convicções. Talvez  eu, Caroline Rauholf do Facebook e do Orkut, seja um alterego, mas isto não faria de mim uma personagem, muito menos que minha identidade fosse forjada, pelo contrário, tudo que escrevi, postei, comentei desde o Orkut até migrar para facebook foi advindo de mim mesma. No entanto, posso dizer, nesta confusão de personalidades, que Caroline Rauholf foi um dos capítulos mais cômicos que eu ja escrevi no meu livro da vida. Vamos ver quantas páginas ele ainda terá e se alguém desvendará o mistério antes do final.  

TM=3- De onde vem o nome Caroline Haurolf e qual o significado da gravura que você escolheu para ser seu perfil no Facebook? CH=Ah! Meu nome! Mas se eu contar, entrego o jogo!Brincadeira!O sobrenome vem da mistura do sobrenome de um Dj e remixer austríaco (Peter Rauholfer), muito conhecido na cena eletrônica mundial (todos que me acompanham no face sabem que eu adoro bater cabelo na buatchen, neahn gentchynnn), com o meu sobrenome que é Hautolf. As gravuras surgiram assim, eu sou uma grande admiradora do Alexander McQueen, tanto como pessoa quanto artista, por isso, quando criei meu perfil inicialmente no Orkut, escolhi entre suas obras, três que mais admiro, que são a arte da capa do álbum Homogenic (1997) da cantora Björk, uma imagem do fotógrafo Nick Knight da modelo Devon Aoki vestindo um McQueen de corte extravagante, com um alfinete na testa e um olho de vidro, e um registro pop de McQueen e Isabella Blow  por David LaChapelle, publicado na revista Vanity Fair no final dos anos 90  (aquela fotografia do castelo pegando fogo).   

TM=4- Segundo Theodor Adorno, no livro “Indústria Cultural e Sociedade”, a cultura contemporânea a tudo confere um ar de semelhança. O que me chamou a atenção na personagem que você criou é que ela procura ser diferente (através de comentários polêmicos, ironias, jocosidade, idioleto, besteiras e etc’s) em uma cultura de massa em que tudo parece primar por ser idêntico. Por quê? 

 CH=Eu sabia que se chegasse usando uma linguagem denotativa, usando a informação bruta com o único objetivo de informar, sem produzir nenhum tipo de emoção a quem estivesse lendo o que eu postava, jamais chegaria a ter sequer um amigo, e se tivesse, seria apenas para encher linguiça. Assim, deixei que tudo acontecesse de forma o mais absolutamente natural possível, sendo eu mesma, usando da minha própria personalidade. Comecei, então, a escrever exatamente da forma que eu falava com meus amigos, usando uma linguagem urbanizada, com termos muito frequentes na comunidade gay e entre os estudantes de moda, colocando em questão as minhas idéias, opiniões, pontos de vistas, pensamentos, futilidades, entretenimento, sexo... Desta forma, comecei a criar laços com meus amigos virtuais e comecei a tratá-los como os meus melhores amigos (sim eu os considero). Tentei dar atenção a todos, interagindo nas suas postagens, comentando fotos, e com o tempo eles foram abrindo espaço pra mim e passaram a interagir comigo também. Isso acabou sendo essencial para concretizar o que eu realmente mais desejava: tentar de alguma forma estimular os meus amigos a criarem um senso crítico, serem mais atuantes nas questões relacionadas a cidade, e que parassem de endeusar prefeitos e vereadores e passassem a cobrar mais deles como nossos funcionário. Critiquei muito o que eu considero politicagem em Jequitinhonha e sei que isso acabou causando a ira de alguns, mas admiração de outros. Mas o melhor de tudo, é que criei amigos e voltei a ter um laço com minha cidade. 

 TM=5- Jequitinhonha é alvo da maioria de seus comentários. E você parece conhecê-la muito bem. Qual a importância desse município em sua vida e para as suas criações? 

CH= Sim, claro que eu conheço “Jeki”. Nasci nesta bela cidade, estudei nas Escolas Estaduais Antonieta Bias Fortes, Epaminondas Ramos e São Miguel, e como todo cidadão ingênito de Jequitinhonha, carrego em mim um grande orgulho de ser do Vale, principalmente, do nosso município. Eu vivi Jequitinhonha de todas as formas possíveis e sou apaixonada por esta terra.  Porém, aos dezoito anos de idade, passei no vestibular, depois no mestrado, doutorado e comecei a perder o contato com os amigos, com o folclore, a cultura, com estas riquezas que só quem é e conhece o vale sabe o que estou dizendo. Então, num belo dia, super estressada no final do meu mestrado, escrevendo minha dissertação, resolvi criar um perfil no Orkut e comecei a mandar convites de amizades para todos que eram naturais de Jekita ou que adotaram a cidade como lar, com intenção de estreitar os laços novamente. Queria notícias, ver fotos das nossas paisagens, rever pessoas, conhecer novas pessoas e, mesmo estando longe, interagir com as questões sociais, políticas, ambientais e econômicas da cidade. Desta forma, comecei a expor meus pontos de vista e minhas opiniões, só que do meu jeito, humorado, saliente, às vezes irônico e muitas vezes direto. Falei muita coisa que muita gente tinha vontade de dizer, mas não tinha coragem por está preso a um emprego político ou algo afim. Penso que, talvez tenha sido isso que de certa forma cativou algumas pessoas. Só que, além disso, comecei a escrever sobre meu dia a dia também, sobre “baladans”, “buatchens”, “bofes”, “boy magia.sedução”, “babados”, confusões” e sobre o mundo gay que eu adoro e defendo a duras penas, tudo isso usando uma linguagem coloquial, urbana, “internética”, cheia de neologismos e principalmente usando termos da “Aurélia” (linguagem gay e também muito usada no mundo da moda). Logo depois migrei para o Facebook e continuei postando, comentando, discutindo, discordando, enfim, sendo eu, mesmo que minha foto não aparecesse no meu perfil. Mas, nunca imaginaria que fosse repercutir tanto assim. 

 TM=6- Você tem hoje, aproximadamente, 519 amigos no Facebook. Qual a mensagem que deixaria para eles. 

 Estudem, é uma das maneiras mais dignas de se vencer na vida, corram atrás daquilo que vocês almejam para o futuro e não se acomodem jamais. É melhor ter algo concreto pra vida inteira do que se humilharem por uma incerta estabilidade de quatro anos. E nunca, jamais abandonem nossa amada Jequitinhonha.Respeitem as diferenças. Pois, a suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é, ou melhor, apesar daquilo que você é.  (Victor Hugo) 

TM= 7- Agora, o povo quer que você acabe com o mistério: qual a sua verdadeira identidade?

Alokaaaaaa! Páraaa, páraaa tudo... MoOoOorta que eu vou contar pra vocêins. Ahhhh! meus amores, vocêins vão ter que descobrir sozinhos. O que posso dizer é que euzinha, ao contrário do que a maioria pensa, sou phêmea, muito phina, sempre trabalhada no salto alto e na sensualidadchy e não faço a linha humildchy, neahnn. Ah!!! Beijo na boca pra quem descobrir.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

APAE de Jequitinhonha terá Centro Tecnológico

14 municípios do Vale terão Centro Tecnológico em APAES

14 municípios do Vale terão Centro Tecnológico em APAES
Quatorze municípios do Vale do Jequitinhonha serão contemplados com centros tecnológicos de capacitação nas APAES – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais.
O projeto é resultado de parceria estabelecida entre os Governos Federal e Estadual, a Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) e a Federação das Apaes do Estado de Minas Gerais. Os investimentos somam R$ 5,4 milhões divididos entre os governos Estadual e Federal, por meio de emenda parlamentar da bancada de Minas.
De acordo com o censo de 2010, o Brasil possui 45 milhões de pessoas com deficiência, o que representa 24% da população total. Diante desse cenário, o Governo de Minas tem atuado diretamente em políticas que possibilitem a inclusão social. Para isso, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) iniciou no ano passado a implantação dos centros tecnológicos de capacitação nas APAES.
CETEC da APAE
Os centros tecnológicos de capacitação vão facilitar o acesso de cada Apae à internet e às redes sociais, criando uma rede tecnológica de integração das unidades. A iniciativa envolve a formação de centros de inclusão social e oficinas de capacitação profissional que serão instalados em 148 municípios mineiros.Cada centro de inclusão social terá cinco computadores adaptados com aparelhos que possibilitam atender diferentes tipos de deficiência. Já as oficinas de capacitação profissional serão inseridas nos 14 municípios.
O objetivo é melhorar a qualificação da mão de obra de pessoas com deficiência, possibilitando melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Municípios
Na região do Vale do Jequitinhonha, os municípios que serão contemplados com a instalação de centros tecnológicos de capacitação nas Apaes são: Araçuaí, Carbonita, Diamantina, Gouveia, Itamarandiba, Jequitinhonha, Malacacheta, Padre Paraíso, Pedra Azul, Rio Pardo de Minas, Salinas, São João do Paraíso, Serro e Taiobeiras.

Município de Jequitinhonha tem somente até amanhã para aderir ao Provab

Programa de Saúde oferece vagas de trabalho para 40 municípios do Vale

Programa de Saúde oferece vagas de trabalho
para 40 municípios do Vale do Jequitinhonha
Adesão de municípios termina nesta terça, dia 7 de fevereiro
Profissionais da saúde (médicos, cirurgião dentista e enfermeiros) se inscrevem até dia 12 de fevereiro
Um em cada cinco municípios brasileiros já aderiu ao Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab). Até o momento, 1.327 municípios já fizeram a adesão ao programa, com oferta de 3,7 mil vagas para profissionais da saúde, sendo 2 mil médicos, 1 mil enfermeiros e 700 cirurgiões dentistas.

As vagas são para as pessoas que estejam interessadas em atuar nas equipes de saúde da família e outras estratégias de atenção básica. Os municípios interessados têm até esta terça-feira, dia 7 de fevereiro, para fazer sua adesão e os profissionais de saúde até o dia 12, segundo edital publicado no dia 31.01, no Diário Oficial da União. 


 Além do benefício de contar com profissional por 40 horas semanais, os municípios também receberão o incentivo para a implantação e manutenção do Telessaúde, que permitirá às instituições de ensino superior vinculadas ao Provab dar suporte às atuação dos profissionais.

Os municípios serão responsáveis pela contratação e remuneração dos profissionais, bem como pelo custeio de moradias quando houver necessidade.
Podem participar os municípios listados na Portaria Conjunta n° 2 (2011), definidos pelo Ministério da Saúde segundo o percentual da população em extrema pobreza e da população residente na área rural.
Os municípios selecionados foram agrupados de acordo com os seguintes perfis: população rural e pobreza intermediária ou elevada; populações quilombola, indígena e assentamentos rurais; capital ou região metropolitana; população maior que 100 mil habitantes.

Dos 1.327 municípios que aderiram ao programa, 160 estão em Minas Gerais, sendo 40 no Vale do Jequitinhonha.

Lista dos municípios do Vale do Jequitinhonha priorizados pelo Ministério da Saúde:
Água Boa, Angelândia, Araçuaí, Aricanduva, Bandeira, Berilo, Botumirim, Cachoeira do Pajeú, Caraí,b Chapada do Norte, Coluna, Comercinho, Coronel Murta, Cristália, Felício dos Santos, Felisburgo, Francisco Badaró, Franciscópolis, Grão Mogol, Itacambira, Jenipapo e minas, Joaíma, José Gonçalves de Minas, Josenópolis, Leme do Prado, Minas Novas, Monte Formoso, Novo Cruzeiro, Novo Horizonte, Olhos DÁgua, Padre Carvalho, Padre Paraíso, Palmópolis, Ponto dos Volantes, Riacho dos Machados, Rio Pardo de Minas, Rubelita, Santo Antônio do Jacinto, Setubinha e Virgem da Lapa.  


“É essencial a participação dos municípios nesta iniciativa, pois ela vai permitir a ampliação e a melhora do acesso à saúde nesses locais. É preciso promover a melhor distribuição dos profissionais pelas diversas regiões brasileiras, para que municípios como esses passem a fornecer à população um serviço completo e de qualidade” esclarece o ministro Alexandre Padilha.
O governo federal financiará a operação dos Núcleos de Telessaúde das unidades onde estarão atuando os profissionais, bem como as atividades dos tutores, além de cursos de especialização em Saúde da Família.

A contratação dos profissionais será feita pelas secretarias municipais de saúde, com as quais será estabelecido o vínculo empregatício.

Além de ter uma oportunidade de trabalho, os profissionais de saúde terão mais facilidade em, posteriormente, ingressar em programas de residência em qualquer especialidade e universidade pública do país. Os profissionais que tiverem boa avaliação de desempenho receberão pontuação adicional de 10% na nota final dos exames de residência médica que vierem a prestar. O objetivo do programa é reforçar os recursos humanos da atenção básica em municípios com carência de pessoal.
“O Provab é mais um dos programas do Ministério da Saúde que visa reduzir as desigualdades regionais existentes em nosso país no que diz respeito ao acesso à saúde. Além disso, o programa oferece aos profissionais participantes a oportunidade de conhecer diferentes realidades e de exercer a profissão onde a população mais necessita, fortalecendo a dimensão da relevância social de sua atuação”, analisa o ministro Padilha.

 O PROGRAMA PROVAB
Nesta primeira edição do Provab, será firmado contrato de um ano com os profissionais que forem selecionados. Ao final desse período, os médicos que tiverem uma boa avaliação de desempenho receberão pontuação adicional de 10% na nota nos exames de residência médica que vierem a prestar.

Durante toda a atuação nas unidades de saúde, os profissionais serão tutoriados pelas instituições de ensino superior participantes, que darão suporte presencial e à distância por meio do programa Telessaúde, coordenado pelo Ministério da Saúde. As instituições poderão auxiliar com a chamada “segunda opinião formativa” na assistência aos pacientes do SUS.



Espero que o município de Jequitinhonha busque aderir ao Provab e que a secretaria municipal de saúde esteja de olho nisso. Nossa cidade não pode perder tal oportunidade.