quinta-feira, 12 de abril de 2012

Apenas mais uma tentativa (Poema para Juliana Fagundes Cunha Lage)



O teu corpo
É um delírio hipnótico de invés e talvez,
invenção súbita entre o provável e o improvável.

O teu corpo é o Barco Ébrio
e o raríssimo sentimento à deriva
que reduz as palavras às simples constatações.

O teu corpo é a ideia irredutível,
Não só um Ela É,
Mas um Ela E,
como prece solta pluralmente no tempo,
como o corpo sem órgãos deleuziano,
o ovo de dogon e a repartição de intensidades.

O teu corpo
O teu corpo não é só corpo enquanto matéria
mas a abstrata força de entretantos
que entre tantos, foge desassossegado do banal.

O teu corpo 
O teu corpo não é corpo arbitrário a outros olhos, é mágica, é exceção, é convencimento de que outrora e toda hora o amor pode ser inventado e inevitavelmente conduzido por esse inominável silêncio interrogativo que me pergunta, frequentemente, a secreta expressão que levas em ti...

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