Uma
excelente ideia na cabeça e bastante perseverança nas mãos. Estes são os
segredos da Associação Comercial de Mulheres Produtivas de Jequitinhonha, que
possui sede temporária na residência de sua presidente, Robélia Maria de Jesus
Gomes, moradora do bairro Alvorada. A Associação nasceu em abril de 2012 sob a
égide do altruísmo, constituindo-se formalmente em 15 de junho de 2012 através
do tripé força de vontade, inteligência e habilidade culinária. É uma
iniciativa que conta também com a participação efetiva de Valdineia Rodrigues Alves, vice-presidente; Amanda Rodrigues Rocha, secretária; Sandra Mara Pereira
Lopes, vice-secretária; Geralda Maria de Jesus dos Santos, tesoureira; Luciana
Prates de Oliveira, vice-tesoureira; e mais quatorze integrantes. Iniciou suas
atividades com o sorteio de cinco frangos assados e foi com o dinheiro da venda
deles que o sonho dessas moradoras jequitinhonhenses de ter uma vida melhor
pôde começar a sair do papel.
Contando,
inicialmente, com o apoio da igreja Batista Menorah, que lhes emprestou um
forno a gás, e do Pastor Miguel e da Missionária Amália, que lhes cederam a
casa como local de produção, o grupo conseguiu, com muito esforço, voluntariado
e dedicação, firmar-se. Atualmente, fabrica gêneros alimentícios dos mais
variados, tais como sonhos; pães de cebola; roscas; bolos de trigo, mandioca e
etc; salgados; e biscoitos de goma e de queijo. Vendem-nos nas ruas dos bairros
São José, Alvorada e Nova Esperança ou nas feiras livres do sábado, no Mercado Municipal. Sem contar ainda com sede própria,
os associados vêm trabalhando tanto para aquisição dessa sede quanto para a
implantação do restaurante popular nas novas instalações do Mercado Municipal.
Esta última teve o apoio do prefeito Roberto Botelho, que lhes cedeu duas salas
no prédio do Mercado, reconhecendo que ações como essas são imprescindíveis
para o desenvolvimento do município.
Além
disso, a Associação criou também um curso preparatório para o concurso da
prefeitura Municipal de Jequitinhonha. Esse curso terá trinta vagas e seu
público alvo serão mulheres, associadas ou não, com idade superior a trinta
anos. Nota-se que projetos organizados coletivamente pela população provocam
uma cisão no paternalismo estatal e na dependência de empregos vinculados à
Prefeitura Municipal. Provocam ainda uma importante mudança na auto-concepção
de seus executores, uma vez que eles se transformam em atores das suas próprias
ações e, principalmente, de suas independências financeiras e política. Por
conseguinte, o aumento de cooperativas ou associações não só proporciona o
desenvolvimento da economia local, mas também a inversão do eixo poder público-sociedade.
A Associação Comercial das Mulheres Produtivas de Jequitinhonha provou que é
possível. Agora, o que resta é copiar esse ótimo exemplo e expandi-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário